Na onda da corrupção

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Parece que a onda de corrupção que nos assola tomou proporções absurdas. Vemos a Polícia Federal apurar, organizar grandes prisões. São políticos, empresários, gente de muito poder. Isso sem contar sobre as irregularidades que a CPI das Vacinas tem encontrado…

Mas isso já vem ocorrendo no país há séculos. Para você ter uma ideia, na época de Dom João VI, por exemplo, o Visconde de São Lourenço pintou e bordou nas altas esferas da administração pública. É. Impunidade e corrupção, em nosso país, vêm de muito longe.

Contudo, o que temos de aprender com isso? Qual é a lição para nós? Não é que estejamos sempre lesando o próximo, mas, de maneira geral, não somos firmes conosco, não há comprometimento de nossa parte, porquanto fazemos concessões, por menor que sejam. E essas pequenas concessões são atos de corrupção. Deixe ser mais didático por meio de exemplos da vida diária.

O guarda o para na estrada por excesso de velocidade. Você tenta, de todo jeito, safar-se da multa; chega a hora de fazer o Imposto de Renda e você, para pagar menos tributos ou aumentar a sua restituição, coloca um dependente que de fato não é seu dependente, compra recibos médicos, cria despesas de instrução; começa o curso de línguas e, um mês depois, abandona; começa a academia e, na segunda semana, também larga; e sem contar a dieta que vai começar sempre às segundas-feiras…

Exemplos assim mostram claramente um aparente ganho, o tal de levar “vantagem” que muitos adoram. A conta do restaurante chega, você observa que não cobraram um prato e fica quieto. Pensa: “Problema deles que erraram”. E se alegra com a falta de atenção do caixa. Mas alguém vai ter de pagar a conta. Em algum momento, sempre tem alguém que paga.

É triste ver esse tipo de concessão ganhar corpo e fazer parte da sua vida. Porque, sem perceber, acaba entrando no automático e, com o tempo, vai minando seus valores, atrapalhando seu bom senso, nublando sua percepção de justiça.

Dessa forma, a honestidade, que é uma questão interior, demora a aparecer como algo concreto e firme em sua vida. E honestidade se pratica por meio desses pequenos atos citados acima.

É preciso boa vontade consigo próprio, perseverança para mudar suas ideias e crenças, ter uma postura mais firme e ética consigo. Mudando você, perceberá que a desonestidade ficará cada vez mais longe da sua vida, e as pequenas concessões irão desaparecer.

Assim, poderemos formar um elo de positividade, uma grande corrente do bem, pois que o bem se dissipa e é muito mais forte que tudo, é soberano. Só a força do bem, do positivo, é capaz de acabar de vez com a corrupção. Vamos nos unir nesse grande elo de força positiva para acabar de vez com aqueles que insistem em fazer concessões e corromper os valores?

Vem comigo!